Resolvi publicar uma pequena entrevista com dois importantes fazineiros do ABC já apresentados aqui: Cláudio Feldman, que por 14 anos editou o alternativo Jornal da Taturana e Renato Donisete, jovem que edita há 18 anos o zine Aviso Final.
Em meio há tantas publicações que surgem, tantas que acabam e outras tantas que migram para a internet, eles falam sobre as motivações e dificuldades de produzir um alternativo, em diferentes épocas, e são até otimistas quanto ao futuro desta imprensa.
EU: Porque criar uma publicação alternativa?
Cláudio Feldman: Criar uma publicação alternativa, no fim dos anos 70, era uma opção válida, já que a grande imprensa ignorava os talentos emergentes e a censura,embora enfraquecida pela Abertura, ainda atuava,embora de modo mais sutil.
Renato Donisete: Na época, em 1990, queria divulgar coisas e escrever sobre assuntos que não via em lugar nenhum, por isso fui à luta e produzi um fanzine.
EU: Como era fazer um veículo alternativo há 18 anos, como é ou como seria fazer este veículo hoje? Existe ainda a mesma motivação?
CF: Fazer um veículo alternativo há l8 anos era algo heróico,que exigia sangue,suor, lágrimas e dinheiro,embora algo prazeroso. Hoje em dia, atrai bem poucos,devido ao alto custo da impressão e do relativo desinteresse do público.
RD: A motivação, por incrível que pareça, é a mesma!!! Tanto é que continuo a editar o zine. Ainda fico ansioso quando vou na gráfica pegar a nova edição. No começo era muito difícil e muitas pessoas me ajudaram (por ex.: meu cunhado xerocava os zines na multinacional que trabalhava). Hoje temos mais facilidades, tanto de impressão quanto de divulgação.
EU: A imprensa alternativa está acabando?
CF: A imprensa alternativa não está acabando, apenas mudou de mídia: foi para a Internet.
RD: Acredito que não. Tenho recebido muito material do Brasil inteiro, e o mais legal: trabalhos de muita qualidade.
EU: Você criaria um veículo alternativo hoje? Como seria?
CF: Eu não criaria um veículo alternativo, hoje,por cansaço da idade (65 anos),porém já fiz a minha parte e deixo o futuro aos mais jovens.
RD: Continuo criando há quase 20 anos....
Em meio há tantas publicações que surgem, tantas que acabam e outras tantas que migram para a internet, eles falam sobre as motivações e dificuldades de produzir um alternativo, em diferentes épocas, e são até otimistas quanto ao futuro desta imprensa.
EU: Porque criar uma publicação alternativa?
Cláudio Feldman: Criar uma publicação alternativa, no fim dos anos 70, era uma opção válida, já que a grande imprensa ignorava os talentos emergentes e a censura,embora enfraquecida pela Abertura, ainda atuava,embora de modo mais sutil.
Renato Donisete: Na época, em 1990, queria divulgar coisas e escrever sobre assuntos que não via em lugar nenhum, por isso fui à luta e produzi um fanzine.
EU: Como era fazer um veículo alternativo há 18 anos, como é ou como seria fazer este veículo hoje? Existe ainda a mesma motivação?
CF: Fazer um veículo alternativo há l8 anos era algo heróico,que exigia sangue,suor, lágrimas e dinheiro,embora algo prazeroso. Hoje em dia, atrai bem poucos,devido ao alto custo da impressão e do relativo desinteresse do público.
RD: A motivação, por incrível que pareça, é a mesma!!! Tanto é que continuo a editar o zine. Ainda fico ansioso quando vou na gráfica pegar a nova edição. No começo era muito difícil e muitas pessoas me ajudaram (por ex.: meu cunhado xerocava os zines na multinacional que trabalhava). Hoje temos mais facilidades, tanto de impressão quanto de divulgação.
EU: A imprensa alternativa está acabando?
CF: A imprensa alternativa não está acabando, apenas mudou de mídia: foi para a Internet.
RD: Acredito que não. Tenho recebido muito material do Brasil inteiro, e o mais legal: trabalhos de muita qualidade.
EU: Você criaria um veículo alternativo hoje? Como seria?
CF: Eu não criaria um veículo alternativo, hoje,por cansaço da idade (65 anos),porém já fiz a minha parte e deixo o futuro aos mais jovens.
RD: Continuo criando há quase 20 anos....
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