segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Até o rabo da palavra

Sarau é sempre uma oportunidade de encontrar pessoas de boas ideias, talentos diversos e às vezes se tem a sorte de conhecer um novo fanzine, já que este tipo de encontro é propício para a distribuição de publicações alternativas. Pois foi justamente nesta ocasião, que a segunda edição de "Até o rabo da palavra” me foi apresentada por sua editora, Jô Barranova.
E hoje, buscando nos meus arquivos, encontrei a primeira edição que recebi em dezembro do ano passado e constatei que o zine dobrou de tamanho (no formato, não em páginas).
Chamo a atenção para um detalhe na capa: edição única talvez...
Na edição atual a inscrição: edição: pois é, estamos aí...
Ou seja, havia uma clara esperança quando o advérbio “talvez” foi colocado na primeira edição.
Vamos comemorar!!! Uma segunda edição é sinal de continuidade, de fôlego novo.
O atual editorial é simplesmente: Que demora, hein! Foi mau!
Ao lado um simpático (mas com cara de mal humorado) sagui desenhado por Jô, pelo visto mascote do zine, diz: Tá reclamando de quê?
Este mesmo personagem anunciava no editorial da edição de lançamento:
Tá pensando que abriu uma revista literária ? Hehe. Aqui , a literariedade comparece na medida do possível. Se quer literariedade por inteiro, vá ler Guimarães Rosa, Borges, Clarice Lispector, Faulkner. Vá ler a Cigarra, Anomalia. Não nos torre a paciência! Sôo, aee...Isto é um zine...como toda a liberdade que o nome proporciona. Pode crer!

Sobre o excêntrico nome, parece ter sido tirado de uma frase de Guimarães Rosa inscrita na capa dos dois exempalres:
O mais difícil não é um ser bom e proceder honesto, dificultoso mesmo é um saber definido o que quer e ter o poder de ir até o rabo da palavra.
Grande Sertão: Veredas


Até o rabo da palavra é produzido por uma turma de escritores do ABC e apresenta poemas, poesia, HQs, textos que misturam certa dose de humor e crítica política e resenha de quadrinhos. Entre seus colaboradores estão: Jô Barranova, Pamela Peixoto, Letícia Tralalá, Hélio Neri, Conse Bastos, Vinícius Canhoto, Douglas Souza, Fábio Ferraz, Adilson Thieghi, Alberto Lazarrini e Vanessa Molnar, Iracema Regis, Gerber de Sá, Rubens Zárate, Edson Bueno de Camergo, Moreira de Acopiara, Aristides Teodoro, Vanessa Deguti, Hildebrando Pafundi.
Na foto: Hélio, Conceição, Vanessa e Jô

Espero não ter esquecido de ninguém, não quero levar outro puxão de orelha. Explico: esta publicação traz logo na primeira página uma resenha sobre meu livro e abaixo uma necessária observação. Aqui eu aproveito para agradecer a atenção e pedir desculpas ao escritor Jairo Costa, o qual deixo de citar como um dos editores da revista Sem Futuro.

Seguindo a nova geração de alternativos, este zine já tem um site, visitem: http://orabodapalavra.wordpress.com/



Que seja eterno enquanto dure! Aguardamos a próxima edição.

Um comentário:

  1. Muito legal o texto e muito importante o Blog.
    À altura dos alternativos!
    Parabéns por mais essa conquista!

    Lúcia Kakazu

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